É POSSIVEL PROGREDIR INDUSTRIALMENTE COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL E A CHAVE PARA ISSO ACONTECER ESTÁ NA TECNOLOGIA.

Desde a Revolução Industrial, a transformação de matéria prima bruta em produtos manufaturados sempre utilizou uma grande quantidade de energia e de recursos naturais, gerando um impacto significativo para o meio ambiente. Porém, com o desenvolvimento de novas tecnologias e a popularização de conceitos como Sustentabilidade e Produtividade, é possível virar esse jogo.

É fato que estamos vivenciando a Quarta Revolução Industrial, denominada comumente como Indústria 4.0 que envolve, entre outros fatores, sistemas cyber-físicos, aplicação da Internet das Coisas e processo de manufatura descentralizada, utilizando ferramentas como Inteligência Artificial, Big Data, Identificação por rádio frequência, entre outros.

Enquanto na primeira revolução industrial o foco estava voltado para a criação de soluções primárias visando lucro a partir de grandes demandas, a I4 desenvolve sistemas complexos com enfoque em produtividade, economia de recursos e redução do desperdício. Fatores esses que surgem a partir da mudança na perspectiva de um consumidor mais bem informado, exigente e engajado que observa as consequências do alto consumo e super produção para o meio ambiente, como o efeito estufa, escassez hídrica e desastres ecológicos.

Se baseando no conceito de Produtividade, onde se valoriza a melhoria na qualidade e aumento da capacidade produtiva, economizando recursos e diminuindo o tempo de produção, a Indústria 4.0 utiliza tecnologia de ponta para propor mudanças significativas no ciclo de manufaturação de matéria prima, sustentada no tripé econômico, social, ambiental, dentro do contexto empresarial.

Econômico enquanto reduz custos operacionais e necessidade de mão de obra braçal, valorizando a especialização e o desenvolvimento tecnológico, utilizando equipamentos de última geração para produzir com muito mais qualidade e precisão. Ambiental no sentido de propor melhorias na gestão de tempo e recursos, reduzindo matéria prima, resíduos e consequentemente, o desperdício, enquanto promove a reciclagem dos materiais para obter produtos tão bons quanto os provenientes de matéria prima original.

Socialmente ainda é cedo para definir os impactos da automação dos processos industriais na substituição da mão de obra tradicional e o consequente desemprego. Enquanto por um lado exige a atualização e especialização dos profissionais para que não sejam expelidos pelo mercado de trabalho, por outro, evolui em velocidade incompatível com o crescimento populacional.

Desafios que terão de ser enfrentados com o tempo e com a iniciativa de um setor que começa a enxergar na sustentabilidade, a única solução para a sua sobrevivência, prosperidade e melhoria na qualidade de vida de todos.

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